segunda-feira, 29 de março de 2021

 Reflexão  2020/2021 

Ano inesquecível

Lembranças infinitamente dolorosas

Relacionamentos abalados

Falecimentos incontáveis

Distanciamento  necessário 

Isolamentos obrigatórios.


Indiferença assustadora

Sensibilidade em falta

Empatia em falta

Emprego em falta

Comida em falta

Fome em alta

Morte em alta 


Existe esperança?

Difícil dizer. 

Hospitais sobrecarregados

Irresponsabilidade geral

Vacinas chegando. 

Será o final? 


Por Josilene Mendes


quinta-feira, 31 de janeiro de 2019


A proposta de produção solicitou a continuação da narrativa: 

Começo e continuação 

   Ouvi primeiro o ruído de cascos pisando a grama, mas continuei deitado de bruços na esteira que havia estendido ao lado da barraca. Senti nitidamente o cheiro acre muito próximo. Virei-me devagar, abri os olhos. O cavalo erguia-se interminável na minha frente. Em cima dele havia uma espingarda apontada para mim e atrás da espingarda um velhinho de chapéu de palha, que disse logo o seguinte:
   - O que você faz aqui, quem é você?
   Olhei-o novamente, estava falando comigo, seu tom de voz não era amigável. Disse de novo:
   - O que faz aqui, quem é você? Diga!
   - Sou Ricardo, venho da cidade.
   Ele desceu de seu enorme cavalo e sentou-se ao meu lado, olhava-me com curiosidade e nervosismo, parecia que não tinha muito contato com as pessoas. Perguntei:
   - Quem é o senhor?
   - Sou eu.
   Não entendi sua resposta. Queria saber mais, porém seu olhar me intimidava e não abaixava a espingarda. Continuei perguntando:
   - Senhor, é dono desta terra?
   - Sou dono do mundo, o mundo é minha casa.
   Continuava misterioso, mas já relaxava e a espingarda não mirava mais no meu coração. Ele olhava distante como se lembrasse de algo e me falou:
   - Tinha uma mulher, vivíamos aqui, nossa casa era simples, mas existia felicidade. Um dia minha mulher se foi, a felicidade também. Vendi a casa e fui morar no mundo, em cada canto que dava e às vezes passo por aqui para lembrar que fui feliz.
   - O senhor é bom, desculpe-me invadir seu espaço.
   - Não tem nada não, esse espaço só foi meu enquanto ela viveu. Agora já vou indo, procurar uma cama para dormir. Até mais.
   Despediu-se. Foi embora no seu cavalo gigante e eu fiquei ali imaginando a vida sofrida daquele pobre homem que se entristeceu pela morte da mulher. Dormi.

Geovana - 9° ano - 2014

Hoje resolvi abrir o baú...

Povo Brasileiro, povo guerreiro

Povo brasileiro,
Povo de fibra,
Povo que briga
Por aquilo que acredita.

Povo guerreiro
Que nunca desiste de lutar
Por princípios e morais que julgam essenciais.
Povo que de tudo faz
Por um país de direitos iguais.

Este sim teve seu esforço recompensado.
Depois de tanto trabalho
Chegou à democracia
Que, quem diria!
Hoje não é compensada.

Gabriela Balbino -  9º ano
Arquivos antigos...


Ninguém segura um sonhador

            À tardezinha levantei-me da imensidão daquele jardim perfumado e cheio de vida. Mamãe fazia torradas e papai, bem, papai dormia como sempre. Após cuidar do meu irmão e comer as deliciosas torradas da mamãe “coruja”, como diziam os vizinhos lá da Rua Beo Mira, fui para a cama. O dia seguinte era especial, o dia do show de talento da escola Carminda de Campus, lugar onde eu estudava.
            Quando amanheceu eu estava preparado para o que desse na telha. Então, eu cantei com vontade a música “Cai Cai Balão”. Os juízes olhavam como se estivessem surdos de tanto amor que entrou pelos seus tímpanos, ninguém me aplaudia, exceto Miranda, uma das garotas encantadas por mim.
            O dia seguinte a apresentação foi também especial, o boletim da Music Band da minha escola havia chegado.
            - Ah! – gritei assustado. Meus pais se preocupavam e meu irmão ria de mim.
            - Fui aprovado!
            - Como? – disse minha mãe já chorando.
            - Não sei! Acho que foram minhas atitudes emocionantes no palco
           - Ou os juízes eram realmente surdos! – disse o papai engraçadinho.

Nei Rámon - 8º ano - Coopema - 2016

quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Mais um Cordel...


História do cordel

Eu sou o Cordel
Um poema popular
Nestes versos tão curtos
Minha história vou contar
Quem sabe assim um dia
De mim irão recordar.

Minha existência é antiga
Data de muito tempo
Sai de Portugal como cantiga
Aqui cheguei sem destempo
Na época dos conquistadores
Fui um belo passatempo.

Da Bahia ao Maranhão
Fui ganhando meu espaço
Fui conquistando o coração
Tornei-me rei do pedaço
Ainda hoje estou aqui
Na Tv, na Net, todo atrevidaço.  

Por Josilene Mendes


Esta foi uma semana bem produtiva. Trabalhar Literatura de Cordel com os aluno do 7º ano foi maravilhoso. E, como em um passe de mágica, os versos foram surgindo. 
Vamos Fazer Cordel
Para Fazer Um Cordel
Não Precisa poeta ser
Basta pegar o papel
e os versos escrever!

Parece Ser Muito Difícil
Pois precisa rimas ter
No Começo fica grácil
Até as rimas desaparecer.

Lá Vou me arriscar
quero ver o que vai rolar
Pois só Conheço Cordel
Feito Aqui No Potiguar!!!

Lápis e Papel na mão
Me pus a escrever
tirados do coração
Os versos passei a ter.

De quadra em quadra
Me vejo converso
De rima em rima
Vão surgindo os versos.

E pra ficar bem Bonitinho
O enredo tem que haver
E se fizer com carinho
O cordel irei obter.

Escrevo aqui e acolá
As estrofes vão se formando
E quando penso que não
O Meu Cordel Vai terminando.

Uma coisa eu aprendi
Pro meu cordel ficar bom
A métrica reaprendi
E tive que mudar de tom.

Estou apaixonada
Por essa literatura
Cada rima bem colocada
Tudo a sua altura.

Por Josilene Oliveira

domingo, 2 de setembro de 2018

"O professor ensina, mas também mostra como se faz", Josilene Mendes.
O poema abaixo foi criado ao trabalhar o gênero POEMA CINÉTICO.


AMIGOS

Como é bom ter um amigo
Como é bom fazer amigos.
É sorrir e ter com quem se divertir
Chorar e ter alguém para ti confortar.

Na vida, já fiz muitos amigos
Mas, agora, só me resta recordar,
Pois a distância não me permite
com eles

s           r                    
  o r r i        e me alegrar.   
                                         
E já que não posso contigo estar
Só me resta chorar

       buá buá
buá      ⥀      buá
      buá buá        b
                         u á
                           b
                         u á
                           b
                           u
                           á
  
                                 
Josilene Mendes, 02/09/2018